Aceitar a perda tem uma função vital na nossa vida, que continua. Sem a certeza do fim, sem a certeza de que algo acabou, é difícil partir para outro projeto, para outra relação, para outro emprego. Ficamos presos em um limbo do “deveria”, do “poderia”. Ficamos encalhados no: “E se?” É como se parássemos nossa vida entre a expiração e a inspiração. O ar já saiu dos nossos pulmões, mas não deixamos entrar ar novo por nos prendermos ao último suspiro.
Cada perda, seja ela existencial ou simbólica, seja de uma pessoa amada, de um amigo, de um trabalho, de uma realidade que conhecemos, busca pelo menos três padrões de sentido.
O primeiro diz respeito ao perdão, a si mesmo e ao outro.
O segundo é saber que o que foi vivido de bom naquela realidade não será esquecido.
O terceiro é a certeza de que fizemos a diferença naquele tempo que termina para a nossa história, deixando um legado, uma marca que transformou aquela pessoa ou aquela realidade que agora ficará fora da sua vida. Que possamos, cada um de nós, vivenciar esse sentimento sagrado do luto e da perda à nossa maneira, respeitando nosso jeito de ser, e sempre lembrando que a pessoa a quem amamos iria querer que pudéssemos seguir a nossa vida levando a lembrança dela como alguém que nos inspira, que nos faz ser alguém melhor. Só o fato de estarmos falando sobre essa pessoa é uma prova de que ela é e será, para sempre, Imortal, para nós, que a Amamos.
Quando atendo alguém que buscou terapia porque uma perda se tornou tão dolorosa que el@ se fechou, se bloqueou emocionalmente, evita se apegar às pessoas para não sofrer e passou a viver superficialmente, sem se conectar, recomendo que leia o livro “A morte é um dia que vale a pena viver”.
Hoje é Dia de Finados e por isso resolvi elaborar esse post, cujo conteúdo foi inspirado no livro “A morte é um dia que vale a pena viver”, da escritora Ana Cláudio Quintana Arantes. Um livro sábio, profundo, tocante. Estamos todos irmanados pela Alegria da Vida e, de alguma forma, pelo luto e sentimento de perda, separação ou da presença transformada de alguém que amamos.
Meu pai faleceu quando eu tinha 5 anos e ele, de uma forma misteriosa, esteve Presente em toda a minha vida, me Inspirando a ser quem eu sou. Algumas pessoas, mesmo não estando presentes ao nosso lado abrem espaços dentro de nós revelando amor, paz, alegria. Que possamos, todos, demonstrar Amor e Afeto e que essa energia cure nossas Dores. O tratamento mais curativo que existe é a expressão honesta do que sentimos.
💌 Passamos a vida tentando aprender a ganhar. Buscamos cursos, livros, técnicas sobre como conquistar bens, pessoas, benefícios. Sobre a arte de ganhar existem muitas lições, mas e sobre a arte de perder? Ninguém quer falar a esse respeito, mas a verdade é que muitos de nós sofremos muito quando perdemos bens, pessoas, realidades, sonhos. Temos mil razões para sonhar, mas quando perdemos nossos sonhos não deveríamos perder a razão.
🌱 Vivemos buscando discursos que nos mostrem como ganhar. Como conquistar o amor da nossa vida, o trabalho da nossa vida. No entanto, saber perder é a arte de quem conseguiu viver plenamente o que ganhou um dia.
💔 Ao longo da nossa vida, no convívio com o outro, sentimos muita dor; por isso, criamos estratégias para nos defendermos do próximo sofrimento. “Fiz isso e me machuquei”, “Não quero que aconteça de novo” são pensamentos recorrentes que temos.
💡 Quando escolhemos, como estratégia de defesa, não demonstrar afeto, isso traz arrependimento porque vivemos experiências e sentimentos muito intensos internamente e não faz sentido manter isso preso dentro de nós, nem privamos o outro da nossa #transformação. A grande verdade é que o Encontro com o outro é o que nos transforma. Nada adianta e nada vale a pena na nossa vida se não houver o Encontro, a troca com o outro.
💞 O mundo interior não tem grande potencial de transformação. O que tem grande potencial de transformação é o encontro verdadeiro com o outro, porque de cada ser humano recebemos uma chave de alguma porta fechada dentro de nós; portas que guardam grandes revelações e segredos a nosso respeito.
Como esse tema do luto, da morte te afeta?
👉 Já leu o livro “A morte é um dia que vale a pena viver”? Esse é um dos poucos livros que nos ensina como lidar com esse tema com serenidade e sabedoria.
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