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“Não faço o bem que quero, mas faço o mal que não quero” (Romanos, 7:15): como resolver esse dilema

Foto do escritor: José Amorim de Oliveira JúniorJosé Amorim de Oliveira Júnior


💔 O que nos leva a querer uma coisa, mas fazer outra às vezes completamente diferente do que queremos? Temos metas e objetivos importantes para nós, mas nos perdemos, em comportamentos que nos afastam deles como, por exemplo, quando queremos emagrecer e ter uma dieta saudável, mas comemos em excesso ou ingerimos alimentos que não são saudáveis...⁣

🏆 Uma forma de solucionar esse comportamento disfuncional que nos afasta do que queremos é desenvolvermos a habilidade de ADIAR GRATIFICAÇÃO/RECOMPENSA IMEDIATA (de curto prazo) e adotar comportamentos orientados a objetivos de longo prazo, fazendo ESCOLHAS mais saudáveis e que nos ajudam a alcançar metas relevantes para a nossa Vida.⁣

A capacidade de adiar gratificação imediata faz parte de um dos pilares da maturidade, tem a ver com a autorregulação emocional e está diretamente relacionada ao sucesso e à realização em várias áreas da nossa vida: acadêmica, financeira, profissional, saúde...⁣

Quando aprendemos a adiar gratificação imediata desenvolvemos em nós a sensação de estar no controle da situação, no controle da nossa vida.⁣

Quanto mais imatura é a pessoa, mais ela NÃO CONSEGUE adiar seus desejos e impulsos por gratificação e recompensa imediata, comportamento típico das crianças: quanto mais novas são, menos conseguem inibir seus desejos básicos (como fazer xixi, comer e beber água, por exemplo), sejam mais refinados (brincar, por exemplo). Elas agem por impulso pois ainda não desenvolveram a racionalidade e o controle que lhes permitirá, no futuro, inibir desejos e adiar gratificações.⁣

Muitos adultos agem como “crianças”: não cresceram emocionalmente, não conseguem adiar o prazer, querem satisfazer todas as suas vontades, mesmo aquelas que lhes trazem consequências ruins a longo prazo. Ao contrário, o adulto que possui MATURIDADE EMOCIONAL conseguem ADIAR o prazer e a gratificação, consegue escolher o que lhe é benéfico🎯⁣


A seguir, apresento algumas dicas para sair do dilema de “não fazer o bem que se quer, mas fazer o mal que não se quer”, do ponto de vista da habilidade de adiar gratificações imediatas:


1) Ter um objetivo, uma meta a ser alcançada, algo que tenha um sentido profundo para você. Quanto mais profundo e pessoal, maior a força que terá para influenciar o seu comportamento. Por isso é tão poderoso quando uma meta ou um objetivo está atrelado a um sonho, um propósito de vida;


2) A capacidade de Adiar gratificações é uma competência, uma habilidade e, como todas as habilidades, pode ser desenvolvida. Desenvolver a capacidade de adiar gratificação nos ajuda na autorregulação e no controle de impulsos.


3) Adiamos gratificação imediata quando desenvolvemos o autocontrole, a capacidade de dominar nossos pensamentos, emoções, desejos e comportamentos, de resistir aos impulsos, de fazermos escolhas condizentes com o que trará resultados mais positivos para nossas vidas, a longo prazo. Para aumentar o autocontrole é preciso PRÁTICAR, praticar, praticar. Quando vamos apenas uma vez à academia de musculação não saímos de lá com a musculatura definida: é preciso treinar vários meses seguidos para obtermos o físico que desejamos. Com as questões emocionais também é assim: é preciso treino, prática orientada para um objetivo. Existem vários exercícios práticos, ajustados à idade e à realidade e ao objetivo de cada pessoa que ajuda a aumentar o autocontrole.


4) Aprender a adiar a gratificação imediata nos ajuda em todos os níveis da nossa vida, nos trás de volta ao controle das situações e da nossa vida. Para isso é necessário um processo de AUTOCONHECIMENTO que envolve conhecer seus VALORES mais profundos, suas NECESSIDADES, suas FORÇAS, suas MOTIVAÇÕES, o que dá SENTIDO à sua vida, suas VULNERABILIDADES, os GATILHOS que fazem com que sua força de vontade entre em baixa e você acabe agindo por impulso.⁣


5) No livro O Poder do Hábito Charles Duhigg ensina o que ele chama de “A regra de ouro” da mudança de hábito: para mudar um hábito você precisa manter a velha deixa (gatilho) e a recompensa e inserir uma nova rotina. O segredo está em “mexer” no item certo da equação: o mais eficaz não é mexer nem no gatilho, nem na recompensa, mas sim na ROTINA: deixe o gatilho lá (muitas vezes ele nem depende de você), mantenha a mesma recompensa (busca de uma sensação, de prazer, por exemplo), e troque apenas a rotina (a ação, o comportamento). Isso faz nascer um novo comportamento, mantendo-se o gatilho e a recompensa e aprendendo a criar novos rituais, novas ações que, com a REPETIÇÃO, se transformarão em rotinas, circuitos neurais consolidados, uma “nova circuitaria neural”. Podemos, para ajudar, mexer na rotina e antecipar, trazer para o aqui e o agora a sensação de bem-estar e de autorrealização que sentiremos só de nos imaginar já tendo incorporado e consolidado a nova rotina.


Se queremos emagrecer, por exemplo, podemos antecipar a recompensa que queremos, ao ter uma vida de novos hábitos, dieta saudável, exercícios: podemos nos imaginar usando aquele biquíni ou aquela sunga que nos deixará com o corpo mais saudável, da forma como queremos, e antecipar o orgulho e a felicidade que sentiremos. Podemos mentalizar essa imagem, que pode servir como uma âncora para nos ajudar a superar as tentações, os gatilhos para comer, quando eles aparecerem. Afinal, são os anseios que impulsionam os hábitos.


Descobrir como criar um novo anseio (por algo melhor para nós, a longo prazo) torna mais fácil criar um novo hábito. Podemos, adicionalmente, mexer também nos Gatilhos (estímulos). Por exemplo, se coloquei como meta acordar cedo para fazer exercício posso, por exemplo, deixar a roupa que usarei já preparada, ao lado da cama. Se quero ler um livro, posso deixá-lo em um local visível, “à mão”. Uma coisa que nos atrapalha muito é porque lutamos contra a RECOMPENSA, e isso não ajuda.


Quando fazemos algo que não queremos, estamos buscando a recompensa imediata que é provocada pela SENSAÇÃO que temos ao fazer aquele algo. É preciso entender a FUNÇÃO do hábito, por pior que ele seja: nós não nos viciamos em substâncias químicas, nem em hábitos, mas sim nas SENSAÇÕES provocadas pelo uso dessas substâncias, ou pela sensação que temos quando repetimos aquele hábito: pode ser uma sensação de relaxamento, de poder, de leveza, de ser capaz, de ser forte, de tranquilidade.


A “Regra de Ouro” já influenciou tratamentos para alcoolismo, obesidade, transtornos obsessivo-compulsivos e centenas de outros comportamentos destrutivos, e entendê-la pode nos ajudar a mudar nossos hábitos. Um fumante, por exemplo, pode largar o vício mais facilmente se encontrar alguma atividade para substituir os cigarros quando sente o anseio por nicotina.


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