💎 Algumas situações que acontecem na nossa vida são apressadamente nomeadas por nós como “desastres”, quando, muitas vezes, pode ser uma “benção”, ou pode ser a Vida seguindo o seu fluxo normal e nos oferecendo ensinamentos e lições que, aprendidos, trarão muitas bênçãos.
Vou compartilhar uma breve metáfora que nos ensina lições importantes para ajudar a destravar o nosso CRESCIMENTO em todas as áreas da nossa Vida:
Bênção ou Desastre?
Havia um homem que vivia no norte da China, perto da fronteira. Ele era considerado como hábil na interpretação dos acontecimentos. Certo dia sua mais bela égua saiu correndo em disparada e desapareceu do outro lado da fronteira, na terra dos nômades. Todos procuraram consolá-lo, mas ele não se mostrava abalado e apenas perguntava, serenamente:
- Como você pode estar certo de que isso não é uma bênção?
Alguns meses depois, sua égua voltou, trazendo consigo um esplêndido garanhão nômade. Todos o congratularam, mas ele não se mostrou exaltado e, novamente, respondeu com uma pergunta:
- Como você pode estar certo de que isso não é um desastre?
A família ficou feliz com o belíssimo animal que o filho adorava montar, até que um dia o rapaz caiu e quebrou o quadril. Todos foram consolar seu pai, que respondeu, serenamente:
- Como você pode estar certo de que isso não é uma bênção?
Algum tempo depois, os nômades atravessaram a fronteira e a China entrou em guerra com eles. Nove de cada dez jovem que foi para a guerra acabou morto. O rapaz foi poupado de se alistar porque estava recuperando sua saúde.
🎁 Veja abaixo as 3 principais lições que a TEORIA PARADOXAL DA MUDANÇA nos ensina e que pode nos ajudar a florescer e superar nossos principais desafios:
PRIMEIRA LIÇÃO: Para promover a MUDANÇA é preciso, primeiro, promover a ACEITAÇÃO. Isso se aplica a nós, aos outros e às situações. Não é por acaso que o primeiro dos 12 passos dos Alcoólicos Anônimos tem a ver com ACEITAÇÃO: “Admitimos que éramos impotentes perante o álcool - que tínhamos perdido o domínio sobre nossas vidas”. Aceitação não é conformismo, não é tolerar, não é aguentar, não é resignar, não é se acomodar, não é ficar passivo. Ao contrário, é observar a coisa de uma forma serena. Aceitação tem a ver com mudar a forma como SENTIMOS algo, mudar algo nas nossas emoções: perdoar, se desconectar da culpa excessiva. Tirar a energia que estava alocada na REVOLTA e alocá-la na CRIATIVIDADE, na CRIAÇÃO de uma nova realidade. Não é aceitar o que você ou o outro FEZ, mas sim aceitar a condição de HUMANIDADE sua ou do outro. Entender que todos nós erramos e aprender algo que poderemos levar conosco para construir novas possibilidades. Aceitação é dar permissão para seguir para o próximo passo, a MUDANÇA.
SEGUNDA LIÇÃO: o principal elemento responsável pelo sofrimento psicológico e, consequentemente, pelas psicopatologias, pelas doenças e transtornos emocionais é a RIGIDEZ, a INFLEXIBILIDADE. O oposto da rigidez e da inflexibilidade é a ADAPTABILIDADE humana, a FLEXIBILIDADE. Não são as pessoas mais “fortes” (aquelas que conseguem suportar mais o sofrimento) que tem mais capacidade de VENCER e SUPERAR OS DESAFIOS DA VIDA e se tornarem pessoas saudáveis e obter SUCESSO nas várias áreas da vida. Quem consegue essa proeza são as pessoas que tem mais FLEXIBILIDADE, pessoas mais ADAPTATIVAS.
TERCEIRA LIÇÃO: precisamos lidar com o REAL e entender que o IDEAL é, muitas vezes, algo que construímos na nossa mente e que nem sempre tem correspondência no mundo. Nem sempre o OUTRO atenderá nosso modelo do que construímos como IDEAL. Aliás, NEM NÓS MESMOS conseguimos estar à altura, o tempo todo, do que consideramos IDEAL. O OUTRO (pai, mãe, filho, companheiro, marido, esposa, amigo ou até mesmo o serviço onde trabalhamos, nossa empresa, o que quer que seja) NÃO É COMPLETO, não é IDEAL. Em vez de EXIGIR de uma única fonte (seja ela uma pessoa, um emprego, uma empresa, uma situação) que nos forneça tudo o que consideramos IDEAL, talvez seja mais sábio aproveitar o que as pessoas e as situações têm para nos oferecer e, a partir daí, darmos o próximo passo: buscar outras pessoas e outras situações para completar o que necessitamos para satisfazer nossas necessidades e, sempre que possível, ser grato à nossa história. Saber de onde viemos e honrar nosso processo de crescimento. Entender também que NÓS não somos obrigados a ser a fonte ÚNICA das necessidades de ninguém, pois também temos nossos LIMITES e precisamos respeitar nossos limites, pois só assim podemos ampliar nossas possibilidades e competências.
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Fonte: adaptado de https://metaforas.com.br/
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